quarta-feira, 5 de março de 2008

Sobre o fim

Não que eu não tenha medo, às vezes até penso que ficar rodando por aqui por mais um tempo seria bom, mas segundo meu amigo Marcus* (é com “u” mesmo, tipo imperador romano) Vinícius** (também com “u”, como deve ser) o mundo acaba em 2012, algo a ver com inversão dos pólos or something like that, não entendi muita coisa, pois a explicação veio depois de uma dúzia de cervejas de qualidade duvidosa em um buteco (é com “u” mesmo) copo sujo, chão vermelhão, cachorro na porta e pote com ovos de codorna azulados. Too much information.

Só sei que não vai acabar em 2012. Acho até que não acaba mais. Não! Nem vem com a sua retórica tentando me convencer do contrário. Não acaba. Sem essa de dinossauros. Não, somos mais do que eles, seja em número, seja em inteligência. No doubt. Digo isso após ver um documentário da BBC chamado “Last Days on Earth” (não sei se tem tradução pra tupi). Trata-se de, se não me falha a memória, 8 possíveis causas para a extinção ou quase extinção da raça humana na Terra. Por trás, cientistas ditos “os melhores” em cada área. Tem MIT, Columbus, Harvard, Cambridge. Meia dúzia de prêmios Nobel e muito blá, blá, blá. Ah, tem também Stephen Hawking. God bless you.

Não que o documentário não seja bom, até é. O problema é que achei muito parcial, graças a um medo intrínseco que leva a teorias mirabolantes – pra não dizer lisérgicas – sobre como não deixar tudo acabar. Anyway, vale pelo aprendizado de física e pelo visual.

Back to the point. Não acaba! O documentário deixa claro que o ser humano tem um poder de superação quando submetido a pressões externas que não o deixa sucumbir. Tudo depende de onde e como pressionar, o ponto G da existência. Para todas as possíveis causas que podem varrer o ser humano da face dessa bolota azul existem soluções prontas, ou pelo menos prontas em teoria, no papel, mesmo que algumas sejam, como já disse, um tanto lisérgicas. Tudo depende da necessidade. By the way vale lembrar que superamos guerras, epidemias, furacões, enchentes, fome, pragas, discursos do Lula e - quase - toda sorte de mazelas. Necessitávamos de superação para não perecermos e nos superamos, no melhor estilo AAS – Armageddon American Style.

Logo, pode deixar de ser politicamente correto meu amigo, minha amiga. Vale jogar lixo e esgoto nos rios? Vale sim. Usar gasolina em V12 supercharged? Pé na tábua rapaz. Vale queimar florestas? Sem sombra de dúvidas. Viva cada dia como se fosse o último. Eu garanto, não será! Period.

*Marcus é publicitário, ou foi um dia, viveu nos Estados Unidos, já esteve na Inglaterra, jura que tem o título de sir, sempre mente quando perguntado sobre a nacionalidade “I am british”, daí o uso constante da língua inglesa no texto, como uma espécie de dedicatória.
**Vinícius é o mesmo indivíduo acima, apesar de ser uma personalidade distinta dentre as múltiplas presentes nesse peculiar marciano.

Segundo o professor Wolfgang Lutz, líder do International Institute for Applied Systems Analysis's Population Project, o cenário ideal para o final do século XXI seria o de uma população em torno de 6,5 bilhões. Entretanto, o cenário mais provável gira em torno de 10,35 bilhões de pessoas.

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